Enfim, a pergunta era:
Aqui na OEA estamos usando A presidentE. Nos jornais tenho visto tanto
presidenta como presidente.
presidenta como presidente.
Vocês acham que presidente é uma palavra marcada por gênero?
Sinceramente, a marcação de gênero é, ou pode ser considerada marcada, por pura
e simples marcação conceitual [apesar da marca de gênero] - palavra de linguista
com inclinações sociológicas, nesse papo.
Explico: não acredito que seja/fosse pra destacar que a mulher é - por ser do
gênero feminino - melhor, mas para apregoar, assinalar (e ojerizar) a aos quatro
ventos, mais ou menos com a mesma idéia do americano 'Yes, we can', tão
conhecido. Como quem diz "O nunca-antes-nesse país aconteceu!"
Muito embora por aspectos linguísticos próprios da língua inglesa o gênero não
seja visível [até porque o 'we' aponta para uma coletividade, que por convenção
é masculina] esse pronome poderia ser apontado como destacando uma coletividade
étnica espefícica, se interpretarmos sociologicamente.
Entretanto, não se fez isso (que eu saiba) baseado nas palaras do Obama, mas
baseado na, até porque óbvia, representação étnica que ele fazia, na assunção da
presidência.
Já no caso do Brasil, a coisa caiu pra língua, bem entendida como uma língua que
destaca gêneros... E é aí que a cobra morde o rabo, e tudo se inclina ao ciclo
infinito de daquela velha tirada propagandística da bolacha: "vende mais porque
está sempre fresquinha, ou está sempre fresquinha porque vende mais?"
Posto aqui, abrindo a discussão da minha opinião postada aos que não são tradutores por profissão, mas que também têm opinião.
e simples marcação conceitual [apesar da marca de gênero] - palavra de linguista
com inclinações sociológicas, nesse papo.
Explico: não acredito que seja/fosse pra destacar que a mulher é - por ser do
gênero feminino - melhor, mas para apregoar, assinalar (e ojerizar) a aos quatro
ventos, mais ou menos com a mesma idéia do americano 'Yes, we can', tão
conhecido. Como quem diz "O nunca-antes-nesse país aconteceu!"
Muito embora por aspectos linguísticos próprios da língua inglesa o gênero não
seja visível [até porque o 'we' aponta para uma coletividade, que por convenção
é masculina] esse pronome poderia ser apontado como destacando uma coletividade
étnica espefícica, se interpretarmos sociologicamente.
Entretanto, não se fez isso (que eu saiba) baseado nas palaras do Obama, mas
baseado na, até porque óbvia, representação étnica que ele fazia, na assunção da
presidência.
Já no caso do Brasil, a coisa caiu pra língua, bem entendida como uma língua que
destaca gêneros... E é aí que a cobra morde o rabo, e tudo se inclina ao ciclo
infinito de daquela velha tirada propagandística da bolacha: "vende mais porque
está sempre fresquinha, ou está sempre fresquinha porque vende mais?"
Posto aqui, abrindo a discussão da minha opinião postada aos que não são tradutores por profissão, mas que também têm opinião.
Portanto, façam suas apostas, digo, res-postas.
1 comment:
Texto bacana. Gostei.
Cumprimentos cinéfilos.
O Falcão Maltês
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