The Tyger
By William Blake
Tyger! Tyger! burning bright,
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Could frame thy fearful symmetry?
In what distant deeps or skies
Burnt the fire in thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand dare seize the fire?
And what shoulder, and what art?
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand, and what dread feet?
What the hammer? What the chain?
In what furnace was thy brain?
What the anvil? What dread grasp
Dare its deadly terrors clasp?
When the stars threw down their spears,
And watered heaven with their tears,
Did he smile his work to see?
Did he who made the Lamb, make thee?
Tyger! Tyger! burning bright,
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Dare frame thy fearful symmetry?
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O TYGRE
Tradução:
Augusto de CamposTygre! Tygre! Brilho, brasa
que a furna noturna abrasa,
que olho ou mão armaria
tua feroz symmetrya?
Em que céu se foi forjar
o fogo do teu olhar?
Em que asas veio a chamma?
Que mão colheu esta flamma?
Que força fez retorcer
em nervos todo o teu ser?
E o som do teu coração
de aço, que cor, que ação?
Teu cérebro, quem o malha?
Que martelo? Que fornalha
o moldou? Que mão, que garra
seu terror mortal amarra?
Quando as lanças das estrelas
cortaram os céus, ao vê-las,
quem as fez sorriu talvez?
Quem fez a ovelha te fez?
Tygre! Tygre! Brilho, brasa
que a furna noturna abrasa,
que olho ou mão armaria
tua feroz symmetrya?
[CAMPOS, Augusto - "O Tygre"
In: Viva Vaia (Poesia 1949-1979)
Livraria Duas Cidades, São Paulo, 1979]
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O TYGRE
Tradução:
José Paulo Paes Tygre, Tygre, viva chama
Que as florestas de noite inflama,
Que olho ou mão imortal podia
Traçar-te a horrível simetria?
Em que abismo ou céu longe ardeu
O fogo dos olhos teus?
Com que asas atreveu ao vôo?
Que mão ousou pegar o fogo?
Que arte & braço pôde então
Torcer-te as fibras do coração?
Quando ele já estava batendo,
Que mão & que pés horrendos?
Que cadeia? que martelo,
Que fornalha teve o teu cérebro?
Que bigorna? que tenaz
Pegou-te os horrores mortais?
Quando os astros alancearam
O céu e em pranto o banharam,
Sorriu ele ao ver seu feito?
Fez-te quem fez o Cordeiro?
Tygre, Tygre, viva chama
Que as florestas da noite inflama,
Que olho ou mão imortal ousaria
Traçar-te a horrível simetria?
[PAES, José Paulo - "O Tygre"
In:Gregos & Baianos - Ensaios
Ed. Brasiliense, São Paulo, 1985]
Um pouco de cultura estrangeira...
William Blake nasceu em 28 de Novembro de 1757 sendo ele o terceiro filho de uma família de cinco filhos de um vendedor de Londres. Por causa da profissão relativamente clásse média de seu pai, Blake foi criado no memso estado de miséria que ele experimentou durante todo o resto de sua vida.
Quando criança ele já havia tomado gosto pela pintura e acabou sendo mandado pra escola de desenho, afinal. O jovem Willian somente a educação suficiente para aprender a ler e escrever para trabalhar na loja de seu pai.
Apesar de Blake ter recebido muito pouco de uma educação traducional ele era bem versado em literatura grega e latina, na Bíblia e em
Milton.